terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para 2009!


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos...
Daí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente."
(Carlos Drummond de Andrade)


Na esperança de que em 2009 tudo seja realmente diferente, desejo a você um
Feliz Ano Novo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ho ho ho

UM FELIZ NATAL PARA VOCÊ!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Cale-se!


Eu sempre fui muito falante. Confesso que às vezes falei demais. Meu ex-marido tinha sempre uma crítica a fazer em nossas discussões e me acusava de eu não saber conversar, afinal, era sempre um monólogo: eu falando sem parar!
Fui aprendendo com o tempo a dar espaço pra ele e a gente conseguiu entrar num consenso de discussão. Mas, ainda assim, eu falava demais. Falava o que não devia, falava o que não queria.

E assim, segui. Não era só com o ex-marido que isso acontecia. Era com amigos, parentes, colegas de trabalho, alunos... A mania horrível de falar sem medir, de falar, falar, falar... E depois, era um arrependimento sem trégua: "- Mais uma vez, falei demais! Falei sem pensar... Desculpa..."

Nos últimos tempos, tenho trabalhado a minha calma.

Finalmente aprendi que a sabedoria está na capacidade de calar e não na de falar. Como no velho ditado: "boca fechada não entra mosca".

De forma geral, tem sido melhor mesmo. Gasto menos energia com discussões irrelevantes, com bate-bocas descabidos e brigas histéricas.

Isso já está tão bem inserido nas minhas atitudes que até pareço outra pessoa. E sou. Me sinto melhor, mais evoluída, mais preparada, mais madura...

Só há um porém: fico tão calada que, agora, me arrependo do que não disse...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Feita pra Mim!

Música feita pra mim, por J Ribeiro. Quantas pessoas você conhece que tem uma música feita pra si?! Então, aqui estou eu!

Deixa

Me deixa voar por entre a paixão
Me deixa pegar o que nunca tive nas mãos
Me deixa sonhar bem longe de mim
Me deixa te dar meu coração que está afim

Um beijo na boca meu anjo querubim
Um tiro a queima-roupa você entrou em mim

Me deixa brincar no seu carrocel
Me deixa imaginar você no meu cordel
Me deixa viajar na sua insensatez
Me deixa imaginar o que ninguém não fez

Um beijo na boca meu anjo querubim
Um tiro a queima-roupa você entrou em mim

E agora o que fazer dessa paixão se no meu sonho sou feliz
Escute agora esta canção foi pra você que eu fiz.

Coisinhas que dão Saudade VII

É ou não é pra morrer de saudade dessa sereinha?!

E da mãe dela também!!!!

Beijos nas duas!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Vapt-vupt!

Cochichos e sussurros

Só à noite
O telefone louco
Não pára um pouco
E eu digo alô
Para alguém silente

Mas sei que é você
Sabe por quê?
Seu perfume danado
Escapa do seu corpo
E corre apressado
Trazendo notícias
De um coração
Que bate acelerado!

(Edson Gabriel Garcia)

* Vou dar um pulo no Morro de São paulo pra ver minha amiga Maira que eu amo e para ver minha pequena sereia Iara. Na volta, passo em Bernardo pra tomar um café e ouvir uns causos. Segunda feira estarei de volta!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Humanos...

Dois dos trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que hoje completa 60 anos de existência:

Artigo I. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

(...)
Artigo XXV.
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.

Doeu em você?!
Costuma doer em mim...

Foto daqui: www.midiaindependente.org

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lição para a vida

O post de hoje é AQUI


É grande, mas é muito bom. Vale a pena ver até o fim.

Para os que não entendem inglês, aviso: tem legenda.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Homenagem do dia

Oiá nasce na casa de Oxum


"Um rei tinha uma filha chamada Ala.
Ele queria casá-la com um principe poderoso.
No entanto, a princesa tinha um amante
e do amante ela esperava um filho.
Sabedor do fato, o rei resolveu matá-la.
Numa barca, levou a princesa até o meio do rio,
do rio onde vivia Oxum.
Jogou a princesa no meio do rio, a casa de Oxum.
O rei tinha um papagaio que o acompanhava sempre.
O papagaio tudo presenciou.

Tempos depois, alguns pescadores
viram uma caixa boiando no rio.
Foram ver de perto e dentro tinha uma criança.
Assustaram-se com o que viram.
Temerosos, abandonaram seu achado na margem do rio.
Pelo mesmo lugar passou outra embarcação.
Seus ocupantes foram atraídos pelo choro de criança.
Os viajantes recolheram a criança
e levaram como presente ao rei.
O rei ficou feliz com o presente
e resolveu apresentar a criança como sendo filha sua.
Ele sentia falta da filha que afogara,
sentia-se sozinho.
Deu uma festa para apresentar a nova filha que adotara.
quando todos estavam reunidos
o papagaio contou-lhes acerca de todo o sucedido.
Disse que a menina havia nascido na casa de Oxum.
Portanto, deveriam devolvê-la ao rio.
O rei então se deu conta de que a menina era sua neta
e devolveua ao rio onde nascera.
A criança cresceu protegida por Oxum.
Essa menina era Oiá."

Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - Cia das Letras

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vazio x Cheio


"...é sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar..."
- Gilberto Gil -
Vem coisa nova por aí... Copo vazio sim... mas cheio de ar!
Foto retirada de: amadeo.blog.com

sábado, 29 de novembro de 2008

My Sweet Lord


Este show foi uma homenagem ao George Harrison, dois anos após a sua morte.
No violão, Eric Clapton, no outro, o filho de Harrison, no piano Paul McCartney, na 1ª bateria Ringo Star, na segunda Phill Collins, na guitarra Tom Petty, no órgão e vocal Billy Preston.

Ouça e curta!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Qual é a sua lista II

Faz um tempo que eu saí do orkut. Saí por pura falta de paciência...
Ao contrário de muitas pessoas que saíram por problemas com namorados, amigos, parentes e afins, eu saí simplesmente porque enchi o saco.
De qualquer forma, nunca foi uma coisa que me desse dor de cabeça. Ao contrário. Fiz bom uso do recurso e me diverti bastante.
Lá - para os que não conhecem - a gente monta um perfil do jeito que a gente quer. A grande maioria é sincera. Alguns enganam em coisas bobas como "tipo físico magro" mesmo estando com quilos à mais. Outros, e aí eu me encaixo, usavam pra brincar.
Dentre a infinidade de informação que você preenche se quiser - e eu sempre preenchi todos os itens, o mais especial pra mim era um que aparecia lá na sua parte "pessoal" e que dizia "cinco coisas sem as quais não consigo viver".
Eis a minha única resposta constante, imutável:
1) água;
2) chocolate;
3) animais;
4) cama;
5) anti-alérgicos.

Não necessariamente nesta ordem, lógico!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Encontramos seu cão!

Hoje o post é AQUI
E obrigada pela visita...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Paixonite II

Andam dizendo que me tornei uma tia babona...
Devem ter razão...

É ou não é pra babar com uma carinha dessas?!


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Free Hugs

Se eu aparecer com uma plaquinha dessas,

E se você passar por mim,

Por favor, faça!

Pode ser por qualquer motivo;

Estarei precisando...

sábado, 15 de novembro de 2008

A Preta II

Hoje, agora cedinho, a Preta não aguentou mais...
Resistiu à primeira parada, mas à segunda, não deu.

À minha Fanny.

A Preta*

Não. Ela não está legal...
Nem eu.
Outra crise.
Novamente soro.
Não. Ela não está bem...
Nem eu.
* Referente ao post anterior.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Para minha Companheira*

"De vez em quando escuto alguém me dizer:
- Pára com isso! é apenas um cão!!
Ou então:
- Mas é muito dinheiro para se gastar com ele! Ele é apenas um cão!
Essas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam “apenas um cão”.
Muitos dos meus melhores momentos me foram trazidos por “apenas um cão”.
Por muitas horas em minha vida, minha única companhia era “apenas um cão”. E eu não me senti desprezado.
Muitas das minhas tristezas foram amenizadas por “apenas um cão”.
E naquele dias sombrios, o toque gentil de “apenas um cão” me deu conforto e motivo para seguir em frente.
E se você também é daqueles que pensam que ele é “apenas um cão”, com certeza deve entender bem expressões como “apenas um amigo” ou “apenas um nascer de sol”, “apenas uma promessa”...
“Apenas um cão” deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança, da pura e irrestrita felicidade.
“Apenas um cão” faz aflorar a compaixão e paciência que fazem de mim uma pessoa melhor.
Por causa de “apenas um cão”, eu me levanto cedo, faço caminhadas e olho com mais amor para o futuro.
Porque pra mim, e pras pessoas que como eu, não se trata de “apenas um cão”, mas da incorporação de todos os sonhos e esperanças do futuro, das lembranças afetuosas do passado, da pura felicidade do momento presente.
“Apenas um cão” faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.
Eu espero que, algum dia, as pessoas entendam que não é “apenas um cão”, mas aquilo que me torna mais humano e me permite não ser “apenas um homem”.
Então, da próxima vez que você escutar a frase “é apenas um cão”, apenas sorria para estas pessoas porque elas apenas não entendem..."





*Homenagem a minha Fanny que está a 14 dos seus 15 anos de vida aqui em casa e que agora, na sua velhice, mostra pra mim o quanto é importate e o quanto eu vou sentir sua falta depois de sua partida. Esteve internada 2 dias tomando soro, em substituição à hemodiálise dos humanos e provavelmente fará isto até o fim de seus dias em momentos cada vez menos espaçados.


Que não haja sofrimento, principalmente para ela...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Latejante


Enlouquecida de dor...
Alguém tem morfina injetável?
Preciso de uma dose na moleira...
Ok, ok. Já sei que não tenho mais moleira.
Pode ser nas têmporas mesmo.
Contanto que seja morfina...
Ou que a dor passe!
*Foto retirada daqui

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fora do ar


Estou completamente desatualizada e perdida feito cego em tiroteio. Fiz o login do meu blog, vi que tem vários textos novos da turma que eu acompanho e percebi que estou sem saber de nada. Mas há uma justificativa.

Não é segredo pra ninguém que sou da noite. Prefiro a noite. Vivo feliz da minha vida trocando a noite pelo dia. Não o dia inteiro, lógico, mas troco a manhã pela noite. Explico: me adaptei com a vida noturna nos tempos de faculdade. Usava o silêncio da noite para realizar as milhares de coisas que eu tinha que fazer. À noite me concentro mais, me inspiro mais... É menos quente, menos poluído... O cara da pamonha, do gás, do jornal, do camarão, das verduras, as escolas da região (graças a Deus uma delas não existe mais), a escola de Ballet (apesar de eu gostar da música), só fazem barulho durante o dia. À noite calam-se todos. Dificilmente um latido ou o ruído de pneus cantantes na avenida. Raramente um bebê chorando. Quase nunca senhores(as) tossindo. Até as festas nas redondezas nunca duram até a madrugada...

O horário que escolhi para dormir também é ótimo, silêncio sepulcral: 4:30. Nem claro, nem escuro. Não há mais nada acontecendo. Já estão todos em suas casa e eu posso dormir tranquila. Durmo as mesmas 8 horas que todos deveríamos dormir; acordo às 12:30. Há dias que mais tarde, outros, que mais cedo. E acordo descansada, satisfeita.

Segue-se à luz do sol uma tarde agitada. Muitos afazeres: almoçar, ver os horários de bancos e lotéricas para pagar as contas, aulas particulares e de natação, agito, agito, agito... Sem a luz do sol, vou jantar, ver House, internet, escrever, internet, ler... Madrugada: lanche, ler, estudar, estudar, ler ou às vezes ver um bom filme. Vai chegando a hora e o sono vem pontual.

Esses dias (quinta e sexta) dei um help para minha amiga Ju Rabinovitz no evento (Closet - da foto aí do lado) que ela e as meninas da Andromeda organizaram para expor os seus produtos (roupas e acessórios). Como o evento começava às 18 hrs., ficou difícil manter a rotina. Por esse motivo, fiquei esses dias sem internet e, como nos fins de semana tenho tentado evitar o notebook, estou mesmo desatualizada, perdida...

Aos poucos vou me colocando a par dos eventos daqui. Visitar meus amigos de Blog (Bernardo, Maria, Janaína, Aeronauta, Personagem, Edu, Lu, Lua, Paulinha...) e saber das últimas.

Prometo usar minhas madrugadas para manter o meu blog e manter minhas visitas que eu amo.

Prometo não ficar mais fora do ar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Coisinhas que dão Saudade VI


Diálogo entre minha avó paterna e eu na minha festa de 2 anos de idade:

Vó Linda: - Você mora aqui ó! - pondo as mãos do lado esquerdo do peito.
Luli: - Tá maluca, é?!
  • Foto do dia 30 de junho de 1945 - casamento da minha avó

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Amigos, amigos, cromossomos à parte!

Uma homenagem às amizades cultivadas ao longo da vida.
Este é um exemplo de amizade pura, singela e sem preconceitos.



Amigos não contam cromossomos!*

*Slogan da CaminhaDown realizada no Rio de Janeiro.

sábado, 1 de novembro de 2008

Alguém me disse...

Estou numa fase em que escuto World Music e, um dos meus achados é essa musiquinha linda.
Com vocês, o "clip" de Quelqu'un M'a Dit, por Carla Bruni.



Pra cantar junto com o clip!

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux

Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serait ce possible alors ?

On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou

Au refrain

Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"

Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore...
Serais ce possible alors ?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux,

Au refrain
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Pra quem não entende lhufas de francês, segue a tradução!

Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz suas cobertas

No entanto alguém me disse...
Que você ainda me ama,
Foi alguém que me disse que você ainda me ama
Seria isto possível então?

Disseram-me que o destino debocha de nós
Que não nos dá nada e nos promete tudo
Faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos,
Então a gente estende a mão e se descobre louco

Refrão

Mas quem me disse que você me ama ainda?
Eu não recordo mais, já era tarde da noite,
Eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços
"ele ama você, isso é segredo, não lhe diga que eu disse a você "

Sabe, alguém me disse...
Que você ainda me ama,
Disseram-me isso realmente...
Que você ainda me ama,
Seria isto possível então?

Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que se vai é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz a sua coberta

Refrão
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu Personagem

Texto digno de um "Quem sou eu"... Mas não sou só eu que sou assim... Ou, se for, veja se vc não é bem parecido comigo?!


"(...) Atiro no que vejo e mato o que não vejo, ao fazer um giro, faço um jirau, jogo verde, colho maduro, ensino o padre-nosso ao vigário, vou aos cajus e volto das castanhas, arranjo sarna pra me coçar, meto a mão em cumbuca, brinco com fogo e mijo na rede, aprendo com quantos paus se faz uma jangada, chovo no molhado, malho em ferro frio, meto o nariz onde não sou chamada, cago na gaiola e espero a merda cantar, cuspo no prato e digo dessa água não beberei, jogo água fria em gato escaldado, boto o carro adiante dos bois, vou com muita sede ao pote, caço na mata onde menos se espera sair coelhos, lavo roupa suja em casa, falo de corda em casa de enforcado, dou murro em ponta de faca, meto os pés pelas mãos, bato fofo, peido na linha, encango grilo, troco as bolas, bolo as trocas, bato prego sem estopa, muito me abaixo até o cu aparecer, desdenho pra comprar, troco gato por lebre, olho os dentes de cavalo dado, semeio ventos e colho tempestades, pego uma pomba na mão e deixo duas voando, vejo o que é bom pra tosse, conheço um gigante pelo dedo do pé, boto a boca no trombone, mordo e assopro, volto à vaca fria, converso pra boi dormir, não dou conta do recado, quero abarcar o mundo com as pernas, pago promessa de areia, bato com a cara na porta, uso as pernas pra que te quero, confundo alhos com bugalhos, faço negócio da China, perco o latim, chupo cana e assovio, mato dois coelhos em uma só cajadada, levo costume de casa à praça, de grão em grão encho o papo, cubro um santo, descubro outro, choro sobre o leite derramado, dou nó em pingo d’água, vejo a ocasião fazer o ladrão, brinco com cada macaco no seu galho, acho que pimenta no cu dos outros é refresco, ouço cabrito bom berrando, faço tempestade em copo d’água, encontro cu de bêbado sem dono, boto areia em saco furado, tapo o sol com peneira, dou capim novo a cavalo velho, tenho um dia da caça outro do caçador, vejo cara e não coração, não perco por esperar, prefiro estar só do que mal acompanhada, dou e volto a tomar, viro cacunda pro mar, mato cachorro a grito, junto a fome com a vontade de comer e puxo brasa pra minha sardinha! (...)"
É ou não é?!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Série INCOMODO - parte II

Sem mais...
* Clique na foto para vê-la ampliada


Paro um pouquinho, descanso um pouquinho...


Depois de tanta coisa, hoje resolvi pensar naquela pergunta clássica: "e agora?"
Parei. Tenho um caminho à frente, sei que é por ele que tenho que andar, vejo-o.
Mas, essa é a hora de recomeçar a caminhada ou eu deveria descansar um pouco, tomar um ar fresco debaixo de uma árvore? Apreciar a vista e só caminhar depois de um cochilo ingênuo? Talvez.
Só me dei conta que parei. E aí, repito: "e agora?"
Aproveito a pausa e dou um giro de 360º.
Dá tempo de ver o que passou por mim e o que me segue ao lado. Em frente, não há pedras, não há obstáculos, nem encruzilhadas. Seguir é a regra. Não serei diferente, mas acho que isso é obrigatório pra todo mundo: dar um tempo, parar.
Enquanto vejo o que vou fazer, descanso a mente pra novas idéias. É sempre bom dar espaço para o novo. Limpar a mente é sempre um bom começo.


Sei mesmo que parei.

... 550 quilômetros!
*Imagem: Alice Prina - http://aliceprina.wordpress.com

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Em nota


Minha amiga Maíra - mãe de Iara - é mesmo muito sábia.
Estivemos juntas em Maraú no fim de semana passado e eu ouvi de sua boca uma frase que me deixou pensando até hoje:

"Ele não fez a parte dele..."

Até outro dia, eu achava que não tinha feito a minha parte como me cabia, mas ela disse certo: ELE não fez. Eu fiz o que pude.

Sábia amiga, digo-lhe agora: "Obrigada mais uma vez"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Série INCÔMODO - Parte I


Me poupando as palavras, as imagens e as mensagens dizem o suficiente.

Sem mais...
*Clique na foto para vê-la aumentada

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Já venho!

Pausa.
Vou ali em Maraú testemunhar um casamento que vai acontecer na praia, em pleno por-do-sol.

Volto logo... ou não volto mais...

Felicidades minha biga Kika!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Culpa da Melissa*


Loja de departamentos tradicional do Brasil, com sede na cidade de São Paulo, onde passava as minhas férias de final de ano.
Praxe ir lá, dentre outras coisas, para escolher o presente de Natal. E podia escolher o presente que a avó, a tia, a mãe e o Papai Noel dariam.
Eu amava o Mappin! 4 andares de compras e mais uns tantos de estacionamento... Milhares de coisas pra olhar, muitas cores, muitas pessoas, muito tudo!
A visão do inferno para minha mãe que teve 3 filhos na sequência, com apenas 1 ano e muito pouco de diferença.
Eu, a do meio, chefe do bando! Idéias brilhantes e iluminadas: "Vamos brincar de esconder! Vale na loja toda!" e estava armada a confusão! Correria de criança aos gritos e risadas, misturadas a tantos "já te vi" quantos fossem possíveis!
Lá vou eu... Esconderijo perfeito... Ninguém me acharia...
Dito e feito!
Do lado de lá minha mãe, a pedir para fecharem as portas... E lá íam os seguranças para a saída da loja e dos estacionamentos. Dos três filhos, faltava um! Desespero total! A clientela ajudando a procurar "uma menina assim-assado, de vestido e sapato cor-de-rosa"!
Do lado de cá, tempos se passavam... Ninguém me achava no esconderijo e a brincadeira começava a ficar sem graça, até que... Ora, ora, ora! Entregue pelo par de Melissas... Debaixo de uma arara de roupas... Só que foi minha mãe quem me achou...
Destino cruel: chineladas e "bunda quente" para dormir!
*sapatilhas de plástico que estão na moda novamente, mas com cara nova.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Principe


O sono dos justos.
Meu defeito é não saber rimar...
Este merecia um soneto.
É digno da realeza!

sábado, 11 de outubro de 2008

Pra fazer Contraste!


Eu arranjei lá uma dona boa lá em Cascadura
Grande criatura mas não sabia ler
Nem tampouco escrever
Ela é bonita, bem feita de corpo
E cheia da nota
Mas escreve gato com "j"
E escreve saudade com "c"
Ela disse outro dia que estava doente
Sofrendo de estrombo
Levei um tombo...caí durinho para trás
Isso sim já e demais!
Ela fala "aribú", "arioprano" e "motocicreta"
Diz que adora feijoada "compreta"
Ela é errada demais
Vi uma letra "O" bordada na blusa
Falei é agora
Perguntei o seu nome (esperando ouvir um Olga, Odete...)
E ela disse: é "Órora"
E sou filha do "Arineu"
O azar é todo meu...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Atração Fatalmente Literária

Para quem gosta da Língua Portuguesa...
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
*Redação atribuída a uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.
Vai ser culta assim lá longe!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Despedida!


Blim-blom...
- Quem é? Ah, não! Você de novo?
- É...
- O que foi dessa vez? Ainda não se satisfez , de ficar aqui, com os pés em cima do sofá, nem com minhas noites mal dormidas, minhas lágrimas e o meu olhar opaco perdido no nada?!
- Não é isso... Vim me despedir...
- Jura? Pode ir! Porta da rua, serventia da casa!
- Vou sentir sua falta...
- Eu não! E não volte em breve! Adeus Tristeza!

Blim-blom...
-Esqueceu o que?
- An?!
- Desculpa... Pensei que fosse outra pessoa... Você, quem é?
- Felicidade. É um prazer!
- O prazer e meu! Entre! Quer tirar os sapatos? Aceita um chocolate quente? Fique à vontade! A casa é sua...

domingo, 5 de outubro de 2008

Infecção


Estou escrevendo brevemente este texto porque estou infectada.

Os vírus se espalharam na minha vida por todos os lados.

Explico: essa semana fui infectada por um arquivo (win32) que detonou o drive C: do meu computador e simplesmente me deixou com as "calças na mão". Ele mesmo tratou de se espalhar para o meu pendrive e, acredite, para o meu celular... Sim! Para o meu celular! Depois de penar com um notebook e um pc travado, penei com o meu celular travado também... Fiquei realmente infectada!

Já passei um antivírus que reconhece este invasor e sabe o que fazer com ele. O antigo não sabia... Tive que formatar TUDO... Trabalho para um fim de semana inteiro e que ainda não me deixou dormir sossegada...

Como se não bastasse, peguei uma virose... Acho que preciso formatar a mim desta vez...

Quando tudo estiver melhor e quando descobrirem a cura para os meus vírus volto para contar mais coisas!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O salvador de estrelas


Havia um escritor que morava numa praia junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele passeava à beira do mar para se inspirar e de tarde ficava em casa escrevendo.
Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Quando chegou perto viu um menino pegando na areia estrelas-do-mar, uma por uma, e jogando-as novamente na água.
- Meu filho, o que você está fazendo? – perguntou o escritor.
- Estou salvando estrelas-do-mar! – respondeu o garoto, compenetrado, sem interromper a tarefa.
- Salvando estrelas-do-mar? Como pode ser isso?
- Sabe... Durante a noite a maré traz as estrelas aqui para a areia, mas daqui a pouco o sol vai esquentar e, se elas não voltarem para a água, vão morrer. É por isso que eu tenho que trabalhar rapidinho...
O maduro intelectual não conteve a gargalhada:
- Menino! Você sabe quantos milhões de quilômetros de praia existem no mundo? Você consegue imaginar quantos milhares de estrelas-do-mar morrem em todo o planeta a cada dia? Isto que você está fazendo é uma bobagem! Tempo perdido! Não faz a menor diferença!
Ainda sem se alterar, o menino se abaixa mais uma vez, pega mais uma estrela-do-mar e a devolve para a água. Volta-se para o escritor e, com toda a humildade, responde:
- O senhor viu, moço?! Eu salvei aquela estrela. E para ela, eu fiz a diferença.
Contam que no outro dia, bem cedinho, ao invés de um, haviam dois salvadores de estrelas na praia...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Se tem amor, vale a pena!

Este vídeo está em espanhol mas dá, perfeitamente, para entender.

Mesmo que fosse mudo... A linguagem do amor é universal!

Pela ausência...

"Lembrem de mim
Como um que ouvia a chuva
Como quem assiste missa
Como quem hesita,
Mestiça entre a pressa e a preguiça.
Acordei bemol...
Tudo estava sustenido...
Sol fazia...
Só não fazia sentido..."
(Paulo Leminski)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Foco *


"Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?

- Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente"

(Manuel Bandeira)

* A única coisa que eu realmente leio na Caras. De resto, apenas folheio no salão de beleza...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Quando fui médica

Devia ter uns 6 anos, não mais do que isso. Sei desta data porque fazia a alfabetização. E é bem na época em que surgem as doenças infantis: papeira (e vc com um lenço amarrado em volta das bochechas!), sarampo, catapora...
Quando alguém pegava uma dessas era certo ouvir da mãe um "Vai lá ficar perto pra pegar logo!". Aqui em casa não era diferente.
Quando meu irmão mais velho teve papeira, ninguém foi pra escola! Maravilha! Depois eram as febres, as dores e tal, mas quem ligava?! Bom mesmo era não ir pra aula!
Foi esse mesmo irmão que apareceu primeiro em casa com Catapora. Uma semana sem aula e eu estava contaminada. Em seguida, meu irmão mais novo e que ficou sem aula por mais tempo! Todo mundo tomando banho com violeta de genciana, passando talco e se controlando pra não arrancar as cascas das feridas que coçavam tanto! Tinha ferida até na cabeça! Eu tive no globo ocular, imagine!
Rapidinho me especializei na doença. Conhecia tudo de catapora. Desde os primeiros sintomas, que eu vi meus irmãos terem e depois tive, até as insuportáveis erupções cutâneas! Ajudava no preparo dos banhos, sabia o nome dos remédios e o horário.
Passado o tempo de resguardo, foi inevitável a volta às aulas. meu irmão mais novo ainda convalescia, mas eu e o mais velho já podíamos ir pra escola.
Meu retorno foi marcado por muita alegria de rever os coleguinhas e de saber das novidades dos tempos de reclusão: quantos mais haviam ficado doentes, o que tinham feito... trocando figurinhas médicas!
E lá vinha um perguntar se aquelas bolhinhas nas costas eram da catapora. O diagnóstico era certeiro: SIM!
Em pouco tempo, vinham as professoras saber dos novos enfermos. E assim, fiz os meus primeiros pacientes! Com direito a fila de consulta... E ainda era grátis!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Coisinhas que dão saudade V

Depende de nós
(Ivan Lins)



Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pr'um mundo melhor...

Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar...

Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs...

Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá...

Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs...


Essa música me lembra muito a minha infância... E tenho muita saudade... Talvez por isso tenha me tornado bióloga e professora... Às vezes palhaça também!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pela Primavera


Quero apenas cinco coisas:

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando...


(Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto)


sábado, 20 de setembro de 2008

Barulho bom

Escute o barulho que faz o silêncio da madrugada...
É ensurdecedor... Mas é bom!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pelado

Uau!
Que legal nós dois
Pelados aqui
Que nem me conheceram
O dia que eu nasci
Que nem no banho
Por baixo da etiqueta
É sempre tudo igual
O curioso e a xerêta
Que gostoso, sem frescura
Sem disfarce, sem fantasia
Que nem seu pai, sua mãe
Seu avô, sua tia...

Proibido pela censura
O decôro e a moral
Liberado e praticado
Pelo gosto geral
Pelado todo mundo gosta
Todo mundo quer
Ah é? É!
Pelado todo mundo fica
Todo mundo é...

Pelado, pelado
Nú com a mão no bolso...
Nuzinho pelado
Nú com a mão no bolso!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Qual é a sua lista?!

Outro dia, assistindo um programa de variedades na TV, vi o apresentador pedir aos seus entrevistados que fizessem uma lista com 3 nomes para cada ítem daqueles que ele escolhera.
Então, resolvi fazer as minhas e aqui estão elas, sem uma hierarquia, usando o único critério de enumerar de acordo com o que vinha primeiro na minha cabeça!

HERÓIS:
1- Meus pais;
2- Olga Benario;
3 - O homem que ficou na frente de carros-tanques chineses;

MALAS:
1- Galvão Bueno;
2- Lula;
3- Hugo Chávez.

COMIDAS:
1- Chocolate;
2- Macarrão da minha avó;
3- Camarão.

Qual é a sua lista????

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Bom dia! Bons sonhos!

São 6 horas da manhã, o dia já clareou e vou me deitar. Da fresta da cortina percebo a chuva fina que cai lá fora. Penso no próximo passo: o que fazer, o que decidir, que caminho escolher. Meço as possibilidades. Alguma coisa na TV me tira do meu raciocínio. Primeiro sinal do sono avançando. Retomo os planos. Aonde estava mesmo? Rezo um Pai Nosso (sempre rezo como meio de pegar no sono). Sim! Era exatamente nesse ponto! Termino o Pai Nosso, só para não ficar devendo. Perco de novo o fio da meada... Segundo sinal...
Programei a TV pra desligar sozinha e só me resta mais um minuto. Tempo para mais uma Ave Maria.
Viro para o lado. Quando acordar decido o que fazer...
Bom dia! Bons sonhos!

sábado, 13 de setembro de 2008

"Paixonite"

Amanhã é o nosso segundo mês e eu fico pensando por quanto tempo vou continuar apaixonada por você.
Gosto tanto de tudo o que você faz que nem sei do que gosto mais. Só pode ser paixão!
Perco horas simplesmente te vendo dormir e quero todos os dias estar perto, saber notícias, o que for!
Sua cara de desaprovação é linda e o sorriso, então, é capaz de me desarmar para sempre!
Nessas horas penso: que a vida seja realmente longa para que eu possa ficar por muitos meses ao seu lado. E que eu tenha saúde para acompanhar você em todas as suas aventuras!

O mundo inteiro é seu, meu príncipe! E eu serei sempre sua...




Soneca de Nuno com a tia Luli

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Comendo Pilha


Linda... Branquinha... Sua pele combina com a minha... Sabe essa coisa de pele?! Pois é... É isso: pele!
Humrum...
Não acredita? Então tá... Só que você ainda não sabe, mas vai ser minha.
Ok, ok... Que seja! Vou deixar rolar...

Oi Branquinha... Tudo bem? Sabe aquele dia? Não pude aparecer porque...
Não, não... Não precisa se explicar. Não cabem justificativas...
Mas é que quero te ver, Branquinha...
Ok, ok. Que seja. Me liga!

Oi minha Branquinha!
Tá difícil nos encontrarmos, não é?!
Pois é... Queria te ver naquele dia... Mas não deu pra terminarmos nossa conversa... Me dá o telefone da sua casa?
Anote!
Você não acredita em mim né?
É que vc marcou comigo na sexta, depois ficou de ligar, me deixou falando sozinha aqui... Fica difícil...
É porque sempre acontece alguma coisa
Mas não se preocupe não que você vai ser minha... Você só não sabe ainda... Mas vai ser minha.

A gente não se bateu mesmo...
Pois é... Não foi porque você não sabia da minha agenda...
Doideira...
Dá aquela sensação de você ter a pessoa nas mãos e ela escorre feito água...

É assim mesmo... A gente não pode ter tudo...
Mas como diz o ditado: o que é do homem o bicho não come...
Ainda bem que não tem bicho nenhum atrás de mim!

Será que ainda vou te encontrar??? Tenho começado a te ver cada vez mais longe...
Vou passar ai pra te dar um cheiro pode ser?
Não acredito...
Só um cheiro...
Não sou eu quem não quer... Aliás, eu acho que você quer também, mas vc tem que brigar com vc mesmo...

Se vc quiser, pode passar aqui... Mas vou deixar na sua mão. Você tem como me achar de todo jeito... Só não faz se não quiser.
Ôh Branquinha...
E eu, que não tenho nem o seu telefone...


Vixe... Deixa pra lá... Chega desse assunto!
Não sou robô pra "comer pilha"!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bolinhos de Bebê

“Alguns anos atrás, todos os animais foram embora.
Acordamos uma manhã e eles simplesmente não estavam mais lá. Nem mesmo nos deixaram um bilhete ou disseram adeus. Nunca conseguimos saber ao certo onde foram.
Sentimos sua falta.
Alguns de nós pensaram que o mundo tinha se acabado, mas não tinha.
Só não havia mais animais. Não havia gatos ou coelhos, cachorros ou baleias, não havia peixes nos mares, nem pássaros nos céus.
Estávamos sós.
Não sabíamos o que fazer.
Vagueamos por aí, perdidos por um tempo, e então alguém observou que, só porque não tínhamos mais animais, não havia motivo para mudar nossas vidas. Não havia razão para mudar nossa dieta ou para parar de testar produtos que podem nos fazer mal.
Afinal de contas, ainda havia bebês.
Bebês não falam. Mal podem se mexer. O bebê não é uma criatura racional, pensante.
Fizemos bebês.
E os usamos.
Alguns deles, comemos. Carne de bebê é tenra e suculenta.
Esfolamos suas peles e nos enfeitamos com elas. Couro de bebê é macio e confortável.
Alguns deles, usamos em testes.
Mantínhamos seus olhos abertos com fitas adesivas e pingávamos detergentes e shampoos neles, uma gota de cada vez.
Nós os marcamos e os escaldamos. Nós os queimamos. Nós os prendemos braçadeiras e plantamos eletrodos em seus cérebros. Enxertamos, congelamos e irradiamos.
Os bebês respiravam nossa fumaça e, nas veias dos bebês, fluíam nossos remédios e drogas, até eles pararem de respirar ou até o sangue deles não correr mais.
Era duro, é claro, mas necessário.
Ninguém podia negar isso.
Com a partida dos animais, o que mais poderíamos fazer?
Algumas pessoas reclamaram, claro. Mas elas sempre fazem isso.
E tudo voltou ao normal.
Só que...
Ontem, todos os bebês se foram.
Não sabemos para onde. Nem mesmo os vimos partir.
Não sabemos o que vamos fazer sem eles.
Mas pensaremos em algo. Humanos são espertos. É o que nos faz superiores aos animais e aos bebês.
Vamos bolar alguma coisa.”

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A galera!

"...Você é a turma que chega quando a festa acaba..."

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Coisinhas que dão saudade IV

Professor pergunta durante a correção da última avaliação de Anatomia Humana:
- Maíra... Escreveste tanto sobre o aparelho reprodutor feminino e quase nada do masculino... O que houve?
- Nada professor... É que feminino eu vejo todos os dias... O masculino faz teeeempooooo...

Durante um passeio pelo pátio do laboratório de física...
-Então quer dizer que vc está fazendo um estudo sobre opiliões (???), não é?!
- Pois é... E são super-difíceis de achar os bichos... Artigos então...
Um bichinho pelo chão e a brincadeira de dar susto... Sem nunca ter visto um, gritei:
- Cuidado, Erica! Não pise no opilião!
- Caraaaaaaaaaalho, biga!!! É um OPILIÃO...

Distraídas na cantina...
- Xi...Tem prova agora, Tati!!!
- Pooooorraaaaaaa... Fudeu!

Próximooooo...

Tenho andado xereta de internet desde que descobri esse vício!
Depois que li numa revista que uma ex-vizinha, que estava lançando o seu ultimo livro (estou na fila pra ler aqui em casa, viu Maria?!), tinha um e ainda depois que fiquei sabendo que Bernardo Guimarães escrevia em um blog também, resolvi fazer este aqui.
Foi o pontapé inicial. Descobri mais um monte de outros blogs e muitas coisas legais que venho lendo. Aí, a tentação apareceu fortalecida. Agora, entro no blog dos conhecidos e vou procurando outros e outros e outros... Às vezes começo a ler um e, se não gosto, cato outro na própria indicação do autor. Vou fazendo isso até cansar ou o sono chegar. Foi assim que descobri muita gente boa.
Esses dias, me toquei que lá em cima, logo embaixo da barra de ferramentas do navegador de internet, aparece na sequência: um espaço pra busca com um “pesquisar blog”, depois um “sinalizar blog” e ainda o “próximo blog”.
A pesquisa só serve para os textos do sítio em questão. “Sinalizar” só serve para avisar quando o conteúdo é impróprio, mas o “próximo blog” foi meu achado!
Já foi conferir qual é o bloco que vem depois do seu? Será que é tão estúpido quanto o que vem depois do meu, ou o conteúdo é interessante?!
No meu apareceu hoje o blog de Laura Loves: A small town girl living life in the big city
Aí pronto! Saí vendo o “próximo blog” depois do da Laura e também de todos da minha lista de recomendados!
Devo confessar que a internet é mesmo um poço sem fundo... E jogam de tudo neste poço. A maioria lixo, mas ainda tem coisa boa pra ver...
Então, quando não tiver nada mais pra fazer, como eu, e quando a curiosidade for grande, use o seu “próximo blog” e descubra o que virá!
Boa viagem!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bem "Bonitinho"...

Recém mudada de apartamento....Vizinho “bonitinho”... Eu de olho... Ele tinha namorada... Minha colega de sala... Tudo bem, não ia com a cara dela mesmo... Metidinha a CDF, tirando onda de gostosa só porque namorava o carinha pop da escola... Dei de ombros! Nunca liguei pra cara feia!
Aniversário dele no play. A metidinha estava lá, como era de se esperar. Eu: Miss Simpatia! Ela: Miss Antipatia!
Com meu ar de “sou mais eu” fiz a social o tempo todo... mas foi inevitável perceber que os olhares eram todos pra mim. Os olhares do aniversariante, vizinho, “bonitinho”... Lógico que era só esperar a festa acabar para curtir outra, a melhor parte... Dito e feito!
Adormeci de bruços na cama e....Opa! Abriram a porta... O pai dele! Me viu...? Xiii... Mas não viu meu rosto... Ufa!


Ficou um tempo me trazendo da escola em casa de mão dada, depois de deixar a metidinha no ponto de ônibus...

Já não somos mais vizinhos, mas ele ainda é bem “bonitinho”...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Lá e cá...

No começo era um chororô só. Dava uma angústia saber que só o veria dali a um mês ou mais. Hoje, já não choro mais (às vezes choro sim!), mas a angústia ainda é igualzinha...
Em minha casa sempre foi assim, "como manda o figurino": pai, mãe, Renato, eu e Mauro (nesta ordem!), cães e gato.
Pai lá, nós cá... Geograficamente separados e... Tudo bem!
Latitudes e longitudes à parte, afora a rosa-dos-ventos, se SAUDADE tivesse outro nome, esse seria o seu, meu PAI!


Queria ter escrito sob forma de soneto, mas não sou muita boa de rimas e nem sei se conseguiria escrever de outro jeito...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Coisinhas que dão saudade III


"Surubico-bico
Quem te deu tamanho bico?
Que te vaza e que te entranha
Por de trás dessa montanha
É de ouro, é de prata
Diga ao Rei que vá na mata!"




* Musiquinha que minha vó cantava pra fazer cócegas na gente!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Enquanto isso no Paraíso...

Piadinha infame, mas me fez rir por um bom tempo!

Quando Deus criou Adão e Eva, disse aos dois:

-Tenho dois presentes para distribuir entre vocês: um é para fazer xixi em pé e o outro...

Adão, ansiosíssimo, interrompeu, gritando:

-Eu! Eu! Eu! Eu! Eu quero, por favor... Senhor, por favor, por favor! Sim? Me facilitaria a vida substancialmente! Por favor! Por favor! Por Favor!

Eva concordou e disse que essas coisas não tinham importância para ela.

Então, Deus presenteou Adão. Ele ficou maravilhado: gritava de alegria, corria pelos jardins do Éden fazendo xixi em todas as árvores. Correu pela praia fazendo desenhos com seu xixi na areia. Brincava de chafariz. Acendia uma fogueirinha e brincava de bombeiro...

Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que Eva perguntou a Deus:

- E... qual é o outro presente?

Deus respondeu:

-Cérebro, Eva, cérebro.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Liliana, Sabo e o Gato

O post de hoje é sobre uma lenda.
Estive a pouco tempo em Buenos Aires e, em um dos passeios turísticos que eu considero dos mais mórbidos, soube de uma história intrigante e interessante.
Pra variar, tentando ser incógnita entre os milhares de brasileiros que aparecem de todos os lados, ouvi, atenciosamente, o relato em castellano e tratei de transmitir, propositadamente em castellano para os outros brasileiros, que nem de longe desconfiaram que eu falava a língua deles e os sacaneava naquele momento. Todos com cara de “si, si, yo compreendo...” e registrando em foto, o que eles desconfiavam ser “a lenda”!
Bom, acontece o seguinte: no cemitério da Recoleta, onde está enterrada a querida/maldita Eva Perón (Eva Duarte, pra você procurar quando for!), tem um túmulo “protegido” por um gato! Aí você vai perguntar: “como assim?” e é exatamente da resposta que surge a lenda.
Enterrada numa esquina está Liliana Crociati de Szaszak juntamente com o “fiel amigo de Liliana” o Sabo. Ao pé da estátua que fica sobre o túmulo se encontra o gato que não sai de lá por nada!
Sim! Eu me aproximei dele e tentei dissuadi-lo de sua estranha tarefa, sem sucesso. Chamei, brinquei e nada... Só uma cauda incessantemente balançando, o que, para felinos, significa descontentamento! Só podia ser pra me avisar que caísse fora, ou ele voaria na minha cara...! Resolvi seguir o “conselho” e, de longe, fotografei-o. Neste instante um argentino chegou pra contar que o gato fica feroz quando as pessoas se aproximam demais e que ele, por ser a reencarnação do Sabo, não deixa os pés da estátua nem um segundo.
Não sei de nada dessas coisas de reencarnação mas, que motivos tem um gato de ficar ali, paradão, durante horas, senão o de tomar conta do que é seu??? Fazia todo sentido do mundo!

Você não acredita? Então confira a foto ou vá ao cemitério procurar saber... O gato/cão tigrado deve estar lá, esperando a hora do reencontro com sua Liliana!
Sabo, Liliana e o gato

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ajuda para o abrigo

O abrigo São Francisco de Assis está com mais de 400 animais que precisam muito de um lar. Eles chegam em caixas, sacos de lixo, ou ainda jogados pelo muro, filhotes ou não... São tratados, medicados, vermifugados e depois castrados (em sua maioria) com ajuda de poucos voluntários!

Ajudem a divulgá-los e a dar um final feliz para a história destes anjos de 4 patas!

O link para o blog dos Anjos de 4 Patas está logo ali do lado! É só entrar em contato!

Ah! Vale ajudar com ração (cão e gato), material de limpeza, jornais velhos, lençois e toalhas sem uso, medicamentos veterinários e humanos, ataduras, algodão, seringas... E vale ajudar como voluntário também! Se tiver um tempinho, colabore!
A turma peluda agradece!

Se você pode adotar algum animal, então pra que comprar?!

domingo, 24 de agosto de 2008

Fome de que?

Hoje passei o dia com fome por preguiça de levantar pra comer. Fiquei deitada pensando em comida pra enganar o estômago e ganhar mais alguns minutos na cama. Lembrei de umas coisas gostosas que comi pela vida: macarrão da minha vó Linda, que ninguém sabe fazer igual, com porpetas de pão! Huuum... Bolinho de batata com carne moída e azeitonas da vó Minda, aos cuidados das mãos fiéis de Maria. Sabores de infância que ainda enchem a boca d’água.
E aí vem umas tantas coisas boas: o pãozinho da porta da escola, a pizza de pão da minha mãe (“Tem maionese??? Não quero mais não...”). Ah, o vatapá de tia Lucia, mãe de Alécia... De comer puro! E de colher! A moqueca da Sombra da Mangueira e de Alcobaça, com gosto de lua-de-mel. A “comida de cachorro” e o motivo pra juntar as amigas em minha casa. Pipoca servida na assadeira com um copão de coca-cola, paçoca... Desejo de paçoca de amendoim!
Amendoim! Cozido e de porta de boteco. Batata frita do MC Donald’s, coxinha da Perini, sorvete da Ribeira com a desculpa do passeio...
E pra deixar com saudade e fechar com chave-de-ouro, o brigadeiro com as meninas em São Pedro d’Aldeia!!!

Eita! Melhor levantar pra comer antes que a dieta vá prás cucuias!

Brigadeiro - pra deixar com vontade!

sábado, 23 de agosto de 2008

Pedacinho de livro

Já tem um tempinho que acabei de ler esse livro e este é um dos trechos que mais gosto!
É o tipo de texto que eu gostaria de ter escrito. A passagem fala sobre a impressão de um dos personagens sobre um outro que se apresenta, mas acho que essas palavras valem pra todo tipo de "feiura"!
Lá vai:

“Vou lhe dizer o que é feio pra mim:
Feio é o choro da mãe com leite pedrado no seio, diante do filho morto por um cruel, feroz e feio. Feia é aquela sombra escura que vai levando consigo o covarde que traiu o seu mais bonito amigo. Feia é a maldade do homem, a herança de Caim, praga de mãe ofendida, tentação do Coisa-Ruim. Feio é o belo que mata por nada, só por ser belo. Para uns o roxo é lindo. Para outros é o amarelo. A beleza e a não-beleza estão juntas em toda parte. No sangue de uma ferida, na solidão de uma arte. O belo é visto em tudo, depende de quem o olha. Quem ama o sapo é a sapa, quem ama o solho é a solha. Olhe seu rosto no espelho, veja o belo, a esperança. Deus não é feio e nos criou à sua imagem e semelhança.”


Com tanta coisa "feia" acontecendo, acho que isso aí diz tudo!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Chegando... aos poucos...

Depois de quatro dias amargando uma infeliz dor de cabeça estou de volta, ainda de ressaca. Nem 100% boa e completamente vazia de ideias pra escrever, afinal de contas minha cabeça só conseguiu se concentrar em uma coisa: a dor!
Passei a noite no hospital tomando Tramal na veia pra ver se adiantava. Deu certo para ontem... Hoje ela já está de volta e eu já estou tomando as devidas providências antes que retorne no seu pique total!
Dessa vez essa crise serviu pra alguma coisa: começar um tratamento preventivo para enxaqueca! Não é possível ter isso para a vida toda! Nunca tive tanta dor por tempo tão prolongado... Era sempre no máximo 2 dias intensos e depois passava, como passe de mágica!
O maior de todos os agravantes é a alergia a medicamentos. O que mais ouço é "Tenho uma Novalgina aqui, quer?" e eu tendo que dizer "Não, obrigada. Sou alérgica." Pego o meu Tylenolzinho na bolsa e me contento com um alívio que demooooooora a chegar!
Dicas para passar a dor não me faltam: gelo, chás, compressas, orações e etc. Tento de tudo...
Só que, como disse o médico ontem: "enxaqueca é igual a digital, cada um tem a sua". Eu acho mesmo é que ele queria dizer: "enxaqueca é igual a cu", mas...
Pra evitar que a dorzinha se transforme em dorzona, vou deixar esse blog e o notebook!
Amanhã tento um texto melhor! Se o martelo resolver me deixar em paz!

domingo, 17 de agosto de 2008

Toc toc toc

Tem um martelo na minha cabeça... Quase me fazendo perder o que me resta de juízo, se é que já tive algum!
Nada de inspiração pra escrever, nada de vontade de ficar na frente do computador! A luz é irritante e por alguns instantes, quase desisti de escrever essas pobres linhas aflitas!
Acho que hoje, nem olimpíadas pra animar...
Maldita alergia a medicamentos... Tylenol é o mesmo que nada... Não quero recorrer à emergência pra tomar Tramal e a medicina "alternativa" não vai adiantar agora...
Vou deitar pra ver se passa!
Maldita enxaqueca!

Desisto! O martelo me venceu!

sábado, 16 de agosto de 2008

Beijing 2008


Desculpem minha ausência, mas é que estou ficando “louca” com esses jogos olímpicos!
Explico: não é novidade que eu troco a noite pelo dia, mas tenho perdido as minhas manhãs de sono tranqüilo! Já estou pensando em processar a SporTV por fazer isso comigo!
Agora a minha rotina noturna começa por volta das 22 h e só acaba quando a ultima modalidade for transmitida... Aí, já é sol alto e o sono perdido... Tento dormir das 10 as 14, que é quando me levando para almoçar... Já era! Tenho dormido 4 horas por dia, se tanto!
O pior é que todo mundo me procura pra saber o “boletim” olímpico e minha opinião porque sabem que estou “por dentro” dos últimos acontecimentos, medalhas, pódios e ‘oscambau’!
Devo colocar aqui a minha profunda felicidade e emoção por ver a nossa primeira medalha olímpica de ouro no pescoço César Cielo, justamente no meu esporte de rotina: natação! Tenho nadado até mais empolgada por causa disso! Antes era pelo bom desempenho dele nas semifinais e agora, segunda-feira, vai ser pela vitória, silenciosamente comemorada porque Nuno, meu sobrinho, dormia sossegado ao meu lado bem na hora da batida na final!
Aliás, as minhas doses diárias de adrenalina têm aumentado significativamente! Comemoro até a vitória de atletas não brasileiros e fico puta da vida se o ponto é “roubado” pelo juiz! Assumo todas as dores dos coitados que lutam lá pela medalha! Fico aflita de verdade!
A semana que vai começar vai ser complicada! Tenho dado preferência para os esportes que tem menos etapas até a premiação, então, assisto as modalidades “alternativas”. Nada de vôlei, basquete, futebol... A graça mesmo é assistir o tiro, saltos ornamentais, luta greco-romana, boxe, judô... Como vão chegando as finais dos esportes de grupo, vou ter que acompanhar esses também! Vou acabar vesga com as janelinhas que transmitem simultaneamente os jogos todos!
Ufa... Fico até cansada só de pensar!
Mas, vamos lá! Vale a torcida, a emoção, e a recompensa do ouro, mesmo sabendo que quem está lá em Pequim, nem sabe que eu existo! Só me resta rir e aproveitar o espetáculo!
Pipocas a postos que o jogo vai começar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ao amigo

A homenagem de hoje vai pra uma pessoa muito especial! Além de um excelente compositor, é um excelente músico e cantor, além de ser um grande amigo-irmão que eu tive a honra e a felicidade de conhecer desde que nasci!
Espero que o sucesso venha a galope pra você e que a sua estrela seja sempre brilhante como é!

Para os que não conhecem, aí vai uma de suas obras! Das minhas preferidas!

Dengo

O teu lugar ao sol
É o meu mundo da lua
E o fim da sua historia
Em minha vida continua
Trancada no meu peito partido ao meio
Meu amor, devaneio é o meu maior defeito

Vem da beira do rio
Se joga no meu mar
Desagua o teu vazio na minha noite
Trancar mágoa no peito partindo a alma
Meu bem, perder a calma é o seu maior defeito

Ou pode ser lágrima não derramada
Que virou água parada
Eu entendo a dor
É dengo amor, é dengo amor

Pode ser lágrima não derramada
Solidão na madrugada em Salvador
Eu me rendo
É dengo amor, é dengo amor, é dengo.


E não percam a oportunidade de conhecer seu trabalho e seu CD recém lançado que está LINDO!
O link para ouvir o CD completo está aí ao lado, entre os meus blogs preferidos
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

INDIGNADA...

Ando indignada com algumas notícias de maus tratos de animais.
Semana passada recebi por e-mail uma reportagem que contava o caso de um imbecil (que só pode ser um!) que, na frente de vizinhos e crianças, estrangulou, jogou na parede, esfaqueou e depois jogou no lixo o seu cãozinho de 3 meses de vida que acabara de ser salvo pelos bombeiros de um afogamento em uma vala havia, apenas, uma semana. Que crime pode ter cometido uma criatura de 3 meses que merecesse a pena de morte? Mais um morto pela ignorância!

Outra notícia, que me veio pelos jornais, de que uma operação policial acabou com a baixa de 2 cães que não permitiram a entrada dos policiais ao estabelecimento. Acho que os soldados esqueceram de dizer "FBI, mão na cabeça!" e os cães os atacaram... Me parece óbvio que não tenham entrado, uma vez que eram cães de guarda, adestrado para não permitir o acesso de pessoas não autorizadas! Desta vez, acabaram mortos pelo despreparo e também pela ignorância!

E, a mais recente, foi a história de uma senhora que ficou procurando por seu amado cão por um longo ano. Foi avisada de que seu animalzinho fora encontrado, mas (pasmem!) a dona não o reconheceu porque ele estava desfigurado de tanta pancada que tomou durante este ano que ficou sumido... Só ficou sabendo de que se tratava dele porque o cachorrinho reconheceu um parente!!!

E eu me pergunto: quem é o irracional nessa história toda?

Sei que acontecem coisas que até Deus duvida com idosos, crianças, deficientes, etc...
Mas fico mesmo muito indignada quando o que acontece é com animal. Perco o sono! Fico transtornada!

Cuidado, espancadores de criaturas frágeis! Estou, cada vez mais, me tornando uma "assassina" em potencial! Não queiram encontrar comigo! A minha fúria não me fará responder por mim!

domingo, 10 de agosto de 2008

Ao grande HERÓI do dia!

Carta enviada ao primogênito por José Facciolla
Nesta carta acima está escrito o texto que transcrevo a seguir:
"Meu filho,

Você não encontrará nas páginas que se seguem frases eruditas ou grandes ensinamentos. Encontrará nelas apenas a boa vontade de seu pai em querer ser-lhe útil e si não o conseguir, pelo menos agradável. É a minha singela cooperação para a sua cultura.

É meu desejo, e também de sua mamãe, que você, com a ajuda de Deus, cresça forte. Sim, forte de corpo e espírito porque somente assim pode existir o homem de bem! E, meu filho, não há tesouro, por mais valioso que seja, que consiga empanar o brilho de uma alma sem mácula. A riqueza é efêmera. Com a mesma facilidade com que nos bafeja, desaparece; mas, a honra e o caráter são os bens a que o homem deve se apegar com todas as forças que a natureza lhe conceder, porque, uma vez perdidos jamais serão recuperados, embora o homem cobrindo-se com o manto da hipocrisia queira e consiga enganar a humanidade! Mas jamais enganará a si próprio...
E não haverá alegria no coração de quem quer que seja que não estiver em paz com seu espírito!

Você veio ao mundo em uma época em que a humanidade atravessa um período negro. Há fome, miséria e principalmente falta de amor ao próximo. Há poucos meses terminou uma guerra que durou aproximadamente cinco anos, deixando o mundo todo abalado. Não existe mais alegria e despreocupação. Vencido e vencedores encontram-se na mesma situação e as perspectivas no momento não são alentadoras. Será preciso um supremo esforço, será necessário que alguns homens de brio, de boa vontade e de coragem tomem sobre seus hombros a dura tarefa de reconstrução. E, não será muito fácil porque a ambição não desapareceu; a boa vontade manifestada por alguns destes é apenas exterior. O egoísmo e a prepotência ainda vivem acalentados em seus corações.
Mas a esperança não deve desaparecer. E é apegada a ela que a humanidade, convulsionada, luta por dias melhores.

Em preces fervorosas rogamos aos Céus para que num futuro bem próximo tenhamos um pouco de alegria. Que os homens em cujas mãos se encontramos os destinos dos povos saibam governar dentro de bons princípios cristãos, de moral elevada e de respeito mútuo.

Um dia, quando você já estiver compenetrado das sua atribuições neste mundo, quando as folhas desse volume já estiverem amarelecidas pelo tempo soez e impenitente, ao relê-las, talvez não tenham o mesmo sabor de quando lidas na adolescência. Estará então tudo mudado. Talvez você até se encontre na situação em que me encontro agora, com as preocupações de família, com as mesmas esperanças. Mas, procure letrar-se sempre dos modestos escritos. Aproveite os ensinamentos que porventura contenham. São eles conseqüências da experiência de vida, a única escola que nos faz realmente conhecer este mundo.

Nós, seu pai e sua mãe, talvez tenhamos cumprido a nossa missão na terra. Si foi boa, terá sido a nossa maior satisfação. Si não foi, apezar de termos dispendido todas as nossas forças morais e materiais, creia, nos foi impossível fazer mais!

Para você, todas as bênçãos do Senhor e todas as aventuras deste mundo.
Seu pai.

São Paulo, agosto de 1946."
Nunca li texto mais bem escrito e mais atual do que este! Palavras do meu falecido avô paterno ao seu primeiro filho, transmitida a meu pai e, por sua vez, a nós, com o mesmo sentido e o mesmo sentimento!
Em homenagem ao dia dos pais, a maior declaração que já vi!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Coisinhas que dão saudade II


Iara! Estrela do maaaaar!
Como é que faz a sereia? Xuá xuá xuá...
E o siri na lata? tchi tchi tchi tchi...
E o polvo? Vul vul vul...
E o cavalo-marinho? Pocotó, pocotó, pocotó...
E o barquinho do papai? Pó pó pó pó pó...


Para minha Iaritcha Gorda,
Da sua "tia" saudosa!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Maria da Penha


Hoje, dia 07.08, faz 2 anos que foi sancionada a lei Maria da Penha que pune com rigor os agressores de mulheres.

Maria da Penha foi agredida durante 6 anos (!!!) pelo marido que ainda tentou matá-la por duas vezes com arma de fogo e depois por eletrochoque e afogamento. Pela tiro que tomou, acabou paraplégica. Por tudo isso, o marido só foi condenado a 2 anos de prisão!

Hoje, com a lei em vigor, a pena passa a ser de, no mínino, 3 anos sem que possa ser aplicada uma punição alternativa.



Foi-se o tempo em que se dizia "em mulher não se bate nem com uma flor"...




quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Fantasias



Era só pra ser uma festa à fantasia. Sempre gosto de festas à fantasia. Fica um clima de “pode tudo”, de “ninguém sabe quem sou eu”... Gosto mesmo. Aliás, sempre gostei desse papo de se vestir pra não parecer você. Sou fã do teatro em parte por causa disso. Adorava o figurino dos “espetáculos” de ballet do fim do ano. Lógico que não veria ninguém na plateia, e, apesar de querer saber se minha mãe estava ali, era mágico estar “transformada”!
Passado os anos de ballet, as fantasias ficaram esquecidas... Uma vez ou outra em festa junina, mas ainda assim não era de ficar irreconhecível. No máximo gincana de colégio ou apresentação de trabalho de aula de literatura. Encenar Mar Morto vestida de Iemanjá... Ainda bem que não ficou ridículo! Pior foi fazer o colega vestir-se de canguru por causa de um outro livro! Isso sim era vexatório!
De um modo geral, eu curto o ritual da transformação. Até hoje na minha casa, minha mãe faz a festa de Halloween. E não é que vêm todos os amigos devidamente caracterizados?! E tem todo um clima: sopa verde com macarrão de arroz pra parecer feitiço, servido em caldeirão de bruxa, sangria para os vampirescos, muitos morcegos, lagartixas, baratas e aranhas de plástico pra montar o cenário! Horripilante!
Desta vez, nem eu me reconheci! Olhei pelo espelho retrovisor do carro e me assustei achando que havia uma outra pessoa no banco de traz! Nada! Eram os meus olhos maquilados refletidos! E, na festa, ninguém sabia quem era a pessoa vestida de Frida Kahlo (ainda que nem todos soubessem quem foi esta formidável artista)! Sensacional! O improviso fez TODA a diferença: saia longa e camisa com bordado michoacano comprado junto com o xale lá no México!

Não era pra menos: ganhei o "Oscar" de melhor fantasia por causa de um coro que gritava insistente - depois de anunciado "e o Oscar vai para..." - "Frida! Frida! Frida!"


Voltei pra casa toda prosa me sentindo a última bolacha do pacote...!