sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu Personagem

Texto digno de um "Quem sou eu"... Mas não sou só eu que sou assim... Ou, se for, veja se vc não é bem parecido comigo?!


"(...) Atiro no que vejo e mato o que não vejo, ao fazer um giro, faço um jirau, jogo verde, colho maduro, ensino o padre-nosso ao vigário, vou aos cajus e volto das castanhas, arranjo sarna pra me coçar, meto a mão em cumbuca, brinco com fogo e mijo na rede, aprendo com quantos paus se faz uma jangada, chovo no molhado, malho em ferro frio, meto o nariz onde não sou chamada, cago na gaiola e espero a merda cantar, cuspo no prato e digo dessa água não beberei, jogo água fria em gato escaldado, boto o carro adiante dos bois, vou com muita sede ao pote, caço na mata onde menos se espera sair coelhos, lavo roupa suja em casa, falo de corda em casa de enforcado, dou murro em ponta de faca, meto os pés pelas mãos, bato fofo, peido na linha, encango grilo, troco as bolas, bolo as trocas, bato prego sem estopa, muito me abaixo até o cu aparecer, desdenho pra comprar, troco gato por lebre, olho os dentes de cavalo dado, semeio ventos e colho tempestades, pego uma pomba na mão e deixo duas voando, vejo o que é bom pra tosse, conheço um gigante pelo dedo do pé, boto a boca no trombone, mordo e assopro, volto à vaca fria, converso pra boi dormir, não dou conta do recado, quero abarcar o mundo com as pernas, pago promessa de areia, bato com a cara na porta, uso as pernas pra que te quero, confundo alhos com bugalhos, faço negócio da China, perco o latim, chupo cana e assovio, mato dois coelhos em uma só cajadada, levo costume de casa à praça, de grão em grão encho o papo, cubro um santo, descubro outro, choro sobre o leite derramado, dou nó em pingo d’água, vejo a ocasião fazer o ladrão, brinco com cada macaco no seu galho, acho que pimenta no cu dos outros é refresco, ouço cabrito bom berrando, faço tempestade em copo d’água, encontro cu de bêbado sem dono, boto areia em saco furado, tapo o sol com peneira, dou capim novo a cavalo velho, tenho um dia da caça outro do caçador, vejo cara e não coração, não perco por esperar, prefiro estar só do que mal acompanhada, dou e volto a tomar, viro cacunda pro mar, mato cachorro a grito, junto a fome com a vontade de comer e puxo brasa pra minha sardinha! (...)"
É ou não é?!

3 comentários:

Bernardo Guimarães disse...

É nóis na fita!

LuizaFragomeni disse...

Adoro esse texto!!!

Bjos

Anônimo disse...

E vamos em frente porque não guardo minha boca pra comer ensopado, esqueço que não há amor como o primeiro amor, vou pro lado errado sem reparar que está sempre à direita a porta do banheiro.
Beijos de Maria