segunda-feira, 30 de março de 2009

Não foi desta vez...

Pronto! A história está pronta e tá tudo certo pra mais um post.

Não, não, não...

Fui acometida por uma tendinite, fruto de um mal jeito dado no punho, e estou em extrema dificuldade de escrever com apenas uma mão e a outra "catando milho"... Melhor eu deixar estas linhas e colocar um gelo pra aliviar a dor...
Me perdoe, mas com dor, não dá...


Não foi desta vez...
* Foto de : www.flickr.com.br

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pausa

Estou sem tempo de escrever nada descente por enquanto... Volto assim que conseguir me organizar melhor!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Seu Joaquim

Desde que cheguei aqui na fazenda que ouço falar muito do Seu Joaquim. Assim que tive oportunidade quis conhecê-lo. Pela importância dele pra fazenda, pela história de vida deste homem e pela boa pessoa que é.
Foi o desbravador do que hoje a gente chama de Fazenda Juliana. Era o comprador das terras daqui, o negociador em nome de Dr. Norberto, o dono. Responsável pela abertura das estradas, antigamente feito a facão e força braçal.
O mais impressionante é a visão futurista deste homem, hoje com 78 anos, mas que na época, usava o critério de comprar terras que tivessem nascentes de rio. A idéia era a de não faltar água e, de fato, não falta! Mais importante que não faltar água, é a consciência de preservar as nascentes. Ele é o primeiro a se manifestar! Tem uma consciência ecologia que muitos de sua idade não têm.
E tem tanta história pra contar... Dá um livro! E, está entre os meus planos sentar pra ter "um dedo de prosa" e saber tudo o que aconteceu nos últimos 49 anos por dentro destes mais de 4.000 ha de área. Quem sabe, não será minha primeira publicação?!
Sei, por enquanto, que Seu Joaquim é uma pessoa muito querida,de uma simplicidade que chega a incomodar e com um conhecimento que a minha biologia não chega nem aos pés.
Pra mim, este homem é minha enciclopédia viva, minha biblioteca, meu centro de pesquisa. E dele (e de mim, lógico!) dependerá o sucesso da minha árdua tarefa aqui.
Portanto, vida longa ao velho Quinca!

terça-feira, 10 de março de 2009

Notícias do Interior II

O Barracão IV

Conta Seu Joaquim que havia alguns barracões espalhados na fazenda para alojar os funcionários da AGRISA* durante o tempo em que eles estavam trabalhando na abertura das nossas estradas internas. Barracões estes que eram usados como abrigo para eles, para as ferramentas e para o descanso já que tudo é muito longe por aqui e por vezes os homens dormiam por lá.

"Mas, hômi que é hômi, é hômi mesmo!" - Disse o velho Quinca.

Reza a história que, certa noite, um dos funcionários tentou um relacionamento intimo com um outro.
Ameaçou espalhar pela fazenda que o outro, mesmo sem dar, era "viado".
O molestado não disse nada. Esperou o sujeito debruçar na janela, foi lá pra dentro do barracão, voltou com um machado e, num golpe só, acertou a nuca do seu ofensor...

"E então, Seu Joaquim, a cabeça do cara saiu rolando?" - eu perguntei

"Não, minha filha... Ficou pendurada pelo couro!"

Hoje o barracão só existe no nome de batismo de uma das tantas nascentes de rio da fazenda...



* AGRISA: Nome antigo dado à Vale do Juliana Fazendas Reunidas, e conhecida assim pelos velhos moradores daqui, do interior.

** Foto do meu celular: Nascente Barracão IV