O post de hoje é sobre uma lenda.
Estive a pouco tempo em Buenos Aires e, em um dos passeios turísticos que eu considero dos mais mórbidos, soube de uma história intrigante e interessante.
Pra variar, tentando ser incógnita entre os milhares de brasileiros que aparecem de todos os lados, ouvi, atenciosamente, o relato em castellano e tratei de transmitir, propositadamente em castellano para os outros brasileiros, que nem de longe desconfiaram que eu falava a língua deles e os sacaneava naquele momento. Todos com cara de
“si, si, yo compreendo...” e registrando em foto, o que eles desconfiavam ser “a lenda”!
Bom, acontece o seguinte: no cemitério da Recoleta, onde está enterrada a querida/maldita Eva Perón (Eva Duarte, pra você procurar quando for!), tem um túmulo “protegido” por um gato! Aí você vai perguntar: “como assim?” e é exatamente da resposta que surge a lenda.
Enterrada numa esquina está Liliana Crociati de Szaszak juntamente com o “fiel amigo de Liliana” o Sabo. Ao pé da estátua que fica sobre o túmulo se encontra o gato que não sai de lá por nada!
Sim! Eu me aproximei dele e tentei dissuadi-lo de sua estranha tarefa, sem sucesso. Chamei, brinquei e nada... Só uma cauda incessantemente balançando, o que, para felinos, significa descontentamento! Só podia ser pra me avisar que caísse fora, ou ele voaria na minha cara...! Resolvi seguir o “conselho” e, de longe, fotografei-o. Neste instante um argentino chegou pra contar que o gato fica feroz quando as pessoas se aproximam demais e que ele, por ser a reencarnação do Sabo, não deixa os pés da estátua nem um segundo.
Não sei de nada dessas coisas de reencarnação mas, que motivos tem um gato de ficar ali, paradão, durante horas, senão o de tomar conta do que é seu??? Fazia todo sentido do mundo!
Você não acredita? Então confira a foto ou vá ao cemitério procurar saber... O gato/cão tigrado deve estar lá, esperando a hora do reencontro com sua Liliana!
Sabo, Liliana e o gato