quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ai se sesse...

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
Te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse


(Poeta Zé da Luz)



*Clique no título e veja um vídeo com a declamação deste poema.

*Fotos daqui

3 comentários:

J disse...

e se nóis se apegasse
pra martá a sardade
que eu tenho d'ocê?

Anônimo disse...

Esse poema é demais! Viva Zé da Luz!

Edu O. disse...

Ze da luz no Ainda Conto e na boca de Lirinha...... adoro!!!

nem acredito q to viajando sem tua companhia, nunca mais apareceu no monologos. bjs