sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Já venho!

Pausa.
Vou ali em Maraú testemunhar um casamento que vai acontecer na praia, em pleno por-do-sol.

Volto logo... ou não volto mais...

Felicidades minha biga Kika!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Culpa da Melissa*


Loja de departamentos tradicional do Brasil, com sede na cidade de São Paulo, onde passava as minhas férias de final de ano.
Praxe ir lá, dentre outras coisas, para escolher o presente de Natal. E podia escolher o presente que a avó, a tia, a mãe e o Papai Noel dariam.
Eu amava o Mappin! 4 andares de compras e mais uns tantos de estacionamento... Milhares de coisas pra olhar, muitas cores, muitas pessoas, muito tudo!
A visão do inferno para minha mãe que teve 3 filhos na sequência, com apenas 1 ano e muito pouco de diferença.
Eu, a do meio, chefe do bando! Idéias brilhantes e iluminadas: "Vamos brincar de esconder! Vale na loja toda!" e estava armada a confusão! Correria de criança aos gritos e risadas, misturadas a tantos "já te vi" quantos fossem possíveis!
Lá vou eu... Esconderijo perfeito... Ninguém me acharia...
Dito e feito!
Do lado de lá minha mãe, a pedir para fecharem as portas... E lá íam os seguranças para a saída da loja e dos estacionamentos. Dos três filhos, faltava um! Desespero total! A clientela ajudando a procurar "uma menina assim-assado, de vestido e sapato cor-de-rosa"!
Do lado de cá, tempos se passavam... Ninguém me achava no esconderijo e a brincadeira começava a ficar sem graça, até que... Ora, ora, ora! Entregue pelo par de Melissas... Debaixo de uma arara de roupas... Só que foi minha mãe quem me achou...
Destino cruel: chineladas e "bunda quente" para dormir!
*sapatilhas de plástico que estão na moda novamente, mas com cara nova.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Principe


O sono dos justos.
Meu defeito é não saber rimar...
Este merecia um soneto.
É digno da realeza!

sábado, 11 de outubro de 2008

Pra fazer Contraste!


Eu arranjei lá uma dona boa lá em Cascadura
Grande criatura mas não sabia ler
Nem tampouco escrever
Ela é bonita, bem feita de corpo
E cheia da nota
Mas escreve gato com "j"
E escreve saudade com "c"
Ela disse outro dia que estava doente
Sofrendo de estrombo
Levei um tombo...caí durinho para trás
Isso sim já e demais!
Ela fala "aribú", "arioprano" e "motocicreta"
Diz que adora feijoada "compreta"
Ela é errada demais
Vi uma letra "O" bordada na blusa
Falei é agora
Perguntei o seu nome (esperando ouvir um Olga, Odete...)
E ela disse: é "Órora"
E sou filha do "Arineu"
O azar é todo meu...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Atração Fatalmente Literária

Para quem gosta da Língua Portuguesa...
"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.
Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.
Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.
Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.
Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
*Redação atribuída a uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.
Vai ser culta assim lá longe!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Despedida!


Blim-blom...
- Quem é? Ah, não! Você de novo?
- É...
- O que foi dessa vez? Ainda não se satisfez , de ficar aqui, com os pés em cima do sofá, nem com minhas noites mal dormidas, minhas lágrimas e o meu olhar opaco perdido no nada?!
- Não é isso... Vim me despedir...
- Jura? Pode ir! Porta da rua, serventia da casa!
- Vou sentir sua falta...
- Eu não! E não volte em breve! Adeus Tristeza!

Blim-blom...
-Esqueceu o que?
- An?!
- Desculpa... Pensei que fosse outra pessoa... Você, quem é?
- Felicidade. É um prazer!
- O prazer e meu! Entre! Quer tirar os sapatos? Aceita um chocolate quente? Fique à vontade! A casa é sua...

domingo, 5 de outubro de 2008

Infecção


Estou escrevendo brevemente este texto porque estou infectada.

Os vírus se espalharam na minha vida por todos os lados.

Explico: essa semana fui infectada por um arquivo (win32) que detonou o drive C: do meu computador e simplesmente me deixou com as "calças na mão". Ele mesmo tratou de se espalhar para o meu pendrive e, acredite, para o meu celular... Sim! Para o meu celular! Depois de penar com um notebook e um pc travado, penei com o meu celular travado também... Fiquei realmente infectada!

Já passei um antivírus que reconhece este invasor e sabe o que fazer com ele. O antigo não sabia... Tive que formatar TUDO... Trabalho para um fim de semana inteiro e que ainda não me deixou dormir sossegada...

Como se não bastasse, peguei uma virose... Acho que preciso formatar a mim desta vez...

Quando tudo estiver melhor e quando descobrirem a cura para os meus vírus volto para contar mais coisas!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O salvador de estrelas


Havia um escritor que morava numa praia junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele passeava à beira do mar para se inspirar e de tarde ficava em casa escrevendo.
Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Quando chegou perto viu um menino pegando na areia estrelas-do-mar, uma por uma, e jogando-as novamente na água.
- Meu filho, o que você está fazendo? – perguntou o escritor.
- Estou salvando estrelas-do-mar! – respondeu o garoto, compenetrado, sem interromper a tarefa.
- Salvando estrelas-do-mar? Como pode ser isso?
- Sabe... Durante a noite a maré traz as estrelas aqui para a areia, mas daqui a pouco o sol vai esquentar e, se elas não voltarem para a água, vão morrer. É por isso que eu tenho que trabalhar rapidinho...
O maduro intelectual não conteve a gargalhada:
- Menino! Você sabe quantos milhões de quilômetros de praia existem no mundo? Você consegue imaginar quantos milhares de estrelas-do-mar morrem em todo o planeta a cada dia? Isto que você está fazendo é uma bobagem! Tempo perdido! Não faz a menor diferença!
Ainda sem se alterar, o menino se abaixa mais uma vez, pega mais uma estrela-do-mar e a devolve para a água. Volta-se para o escritor e, com toda a humildade, responde:
- O senhor viu, moço?! Eu salvei aquela estrela. E para ela, eu fiz a diferença.
Contam que no outro dia, bem cedinho, ao invés de um, haviam dois salvadores de estrelas na praia...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Se tem amor, vale a pena!

Este vídeo está em espanhol mas dá, perfeitamente, para entender.

Mesmo que fosse mudo... A linguagem do amor é universal!

Pela ausência...

"Lembrem de mim
Como um que ouvia a chuva
Como quem assiste missa
Como quem hesita,
Mestiça entre a pressa e a preguiça.
Acordei bemol...
Tudo estava sustenido...
Sol fazia...
Só não fazia sentido..."
(Paulo Leminski)