(...)
¾ Bem... O que você tem a declarar?
¾ É como eu havia explicado antes, Senhor Juiz: eu não estava bem, acho até que desequilibrada, quando resolvi me envolver com ele. Não sei quando passou pela minha cabeça que ele me faria bem. Só podia estar louca. É... Acho que foi isso... Estava louca! Não pode ser normal uma pessoa resolver sair pra passear de mãos dadas, ir ao cinema, dormir junto, sonhar, projetar família, querer mudar de casa, de emprego, de amigos... Não com ele! Não estava em minha razão, definitivamente...
¾ Sim... Continue...
¾ Mas em um momento de muita lucidez e, principalmente, de sanidade, matei. E por isso, pode sentenciar, Meritíssimo. Não mais tenho medo...
¾ E como a senhora se considera?
¾ Por matá-lo no meu coração?! Considero-me DESculpada!