quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ai se sesse...

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
Te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse


(Poeta Zé da Luz)



*Clique no título e veja um vídeo com a declamação deste poema.

*Fotos daqui

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Já pra cama!

Eu devia ter uns 4 anos.
Reunião em família, os parentes todos presentes e, depois de um bom jantar, era hora da criançada ir pra cama.
Como nós íamos poucas vezes a São Paulo - somente nas férias - não ia ser naquele instante que eu iria sair de cena!
Por algumas vezes voltava à sala, de camisola, e puxava assunto com os presentes.
Minha avó ouvia com paciencia e, ao final da exposição, estendia a mão e, num aperto simples dizia:
- Boa noite!
Eu me retirava mais uma vez para o quarto.
Fiz isso umas 3 vezes.
Na quarta vez, eis a surpresa, após o cumprimento:
- Boa noite!
Ao que prontamente respondi:
- Boa noite e, vá-tomar-no-cu! - Retirando-me glamurosa pelo feito.


Desbocadiiiiinha..................

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Decidida!

5 coisas que eu não quero mais:

1) Sofrer por amor; até porque não acredito que uma coisa consiga se relacionar com a outra em qualquer instância;
2) Fazer cara alegre quando não estou gostando do caso; afinal não preciso agradar os (des)conhecidos;
3) Parar de escrever pra dizer o que eu sinto; quando eu digo na cara normalmente sou muito menos sutil;
4) Ter que me justificar por coisas que já passaram; quem vive de passado é historiador e museu;
5) E, não menos importante, uns vestidos que já saíram de moda, pra desopilar o guarda-roupa.

domingo, 8 de novembro de 2009

Das coisas Incríveis que eu encontro - Flores

Essas são de dentro da mata fechada, lá pelo meio mesmo, onde aparece onça, saci e curupira!
São lindas. Às vezes miudas, às vezes grandes. O que importa é que fazem o papel proposto com maestria. E ainda dão cor aonde se tem vida transbordando! Aproveite!







* Fotos minhas



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Eu, eu mesma e Harry


Devem ser os astros. Só pode!

Estou, mais uma vez sem saco pra pessoas. Problemas, chaticesses, murrinhas, picuinhas, rame-rame, coisinhas miúdas e pequenas, peculiares às pessoas humanas... Sem saco!

Aí, recorro ao meu isolamento automático. Fico bloqueada e fechada pra balanço. O afeto pelos mais próximos aumenta muito e pelos que me cercam no cotidiano cai mais que ações na bovespa.

Isso tudo me leva ao mundo mágico dos livros. Devoro-os, como-os sem tempero e sem água! Não paro, não respiro enquanto não acabo. E é exatamente isso que está acontecendo agora. Comecei a coletânea Harry Potter e já estou no quinto livro da série em 2 meses. São mais de 500 páginas por exemplar e não tenho o dia todo pra ler por causa das obrigações. Ainda assim, não o abandono. E, de pensar que só me faltam 2 volumes e vou ficar órfã de Harry, já me vejo procurando a próxima leitura.

Não é exagero. O bruxinho me faz muita companhia sem ser chato, mesquinho o outra coisa mundana. As coisas são sempre fantástica e todas as agruras do pobre garoto preenchem o vazio das boas e fieis companhias do mundo real! E, quando eu canso, simplesmente fecho as páginas, viro pro lado e durmo. Bem e feliz.

Devem ser os astros... Ou a magia do pequeno bruxo!